segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Quer pagar quanto?

Não é novidade para ninguém que a indústria fonográfica está em séria e [aparentemente] irreversível crise. Com a grande difusão da Internet e a fácil propagação de seu conteúdo, as pessoas deixaram o velho e caro hábito de comprar cd's de lado e passaram a baixar as músicas de seu agrado no conforto da casa, pelo computador.
Não há como negar essa realidade e tampouco coibir essa prática, já que a cultura de baixar música de graça está enraizada na cabeça dos jovens ouvintes de todo o mundo. E agora, gravadoras, selos e artistas? O que fazer? Sentar e chorar? Bem, alguns fizeram isso. Outros se adaptaram aos novos tempos e estão revolucionando o mercado da música.
A cerca de dois meses, os ingleses do Radiohead inovaram e dividiram fãs e critícos ao disponibilizar todas as músicas do novo cd 'In Rainbows' na Internet. A pessoas que fossem baixar as músicas é que decidiriam quanto estariam dispostas a pagar - ou a não pagar [como foi o meu caso]. Numa espécie de Casas Bahia fonográfica, o Radiohead provou que não só bandas e selos independentes devem se adaptar à nova realidade. E estão de parabéns!

sábado, 20 de outubro de 2007

Alucinado! Jogado aos teus pés, estou muito alucinado!

As pessoas estão alucinadas. Muito alucinadas. O trânsito de Brasília comprova isso com louvor. Talvez eu é quem nunca estive atento para isso, porém eu estou cada vez mais convencido de que estamos próximos de um colapso.
Ninguém mais se contenta em andar na velocidade permitida. Todos têm pressa. Ninguém aceita ser ultrapassado. Ninguém aceita sair da pista da esquerda. Ninguém quer chegar atrasado. Ninguém se importa com os pedestres.
Alguns vão além. Acham que ponte é autódromo. Acreditam que carro e bebida é uma combinação perfeita. São pessoas sem o menor respeito pelas próprias vidas. Muito menos pela dos outros.
Enfim, como já ouviu alguém dizer, 'o trânsito é o reflexo da sociedade'. É sempre triste constatar coisas assim, mas vivemos em uma sociedade individualista, que passa por uma crise moral grave, em que valores são invertidos com a maior naturalidade e a morte é algo tão banal, que passam desapercebidas no nosso crivo de informações diárias.
As pessoas estão alucinadas. O trânsito está alucinado. A sociedade está alucinada. E eu também estou ficando.